Semanada >   H. Jackson Brown, Jr.
When you lose, don't lose the lesson

quinta-feira, novembro 29, 2007

Culpados à nascença

Reproduzo na totalidade a nota de Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado, com o título “Dívida e Culpa”, que li com gosto, muito embora não tenha acrescentado o pensamento. Partilho, pois, sem ter pedido autorização ao autor, o naco de raciocínio bem articulado em poucas palavras.
A dívida e a culpa são irmãs, diz Gunter Grass. Outros dizem que hoje rejeitamos a culpa. Não me parece. Na Antiguidade europeia ( os chineses são outro circo) as escolas e os espelhos referiam já a nossa relação com a culpa ( do éloignement epicurista à dureza da Antígona, ela esteve sempre presente). A religião forneceu à culpa um rosto reconhecível e aceitável: arrumou-a num lugar concreto, o da passagem para a salvação. Mas ela não desapareceu com a famosa e confusa "cartilha hedonista".
Muitos dos que hoje vivem com antidepressivos, drogas ilegais ou álcool ( quase todos), alimentam a besta. Se o modo de vida despreocupado e egoísta ilude os que pensam que a culpa partiu para Cápua, é apenas um problema de percepção. Hoje juramos não ter pachorra para a culpa e pagamos bem aos psis para nos aliviar? Então ela está aí para as curvas.
A ligação à dívida ajuda a perceber. Gerações inteiras que viram os pais fazer o que quiseram acham. e bem, que devem pouco. Por sua vez, quando essas gerações fazem o que lhes dá na gana, a culpa não desaparece: fica é sozinha. E é naturalmente insuportável.
Post Dívida e Culpa, de Filipe Nunes Vicente, in Mar Salgado
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Duas para ti, uma para mim…?


Envelopes, de todos os tamanhos, para todos os contributos

Há, como sempre houve, três coisas que estimulam a grande parte dos actores que dizem praticar política, com ou sem ideologia: envelopes, tijolos e malas. Conteúdos que aliviam o risco das minhocas nas letras no banco. Estimulantes que formam um outro género de triângulo das Bermudas, em que o objecto desaparece num apíce e o mistério subsiste.
-
A propósito, recordo uma conversa que me contaram vai para uns vinte anos:
- Ó pá, tu tiraste cinco mil contos da mala...!
- Tirei. Mas agora vão lá dizer que roubei... Vá... Vão lá...

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Um modesto contributo…



… divulgando a nova morada do Arrastão (arrastao.org), alojado na plataforma TubarãoEsquilo, um projecto comercial de Paulo Querido.

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Quem sou eu para recomendar…


… três tipos, nos meus links, que têm imensa piada, sobretudo quando escrevem sobre coisas graves: João Gonçalves, Moita de Deus e o Anarca.
O arrependimento prolonga a vida do homem
Talmude babilónico, Yoman 86b
arrow-link João Gonçalves
arrow-link Moita de Deus
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Duas anarquistas do anarca


ora tava a pençar na situação do país e ocorreume que não sei porque é que as peçoas repetem a expressão idiota de "não há pão pra malucos"! ...nunca entendi porque é que os malucos terão menos direito à expectativa de comer pão....
em compençação há muito pão pra gajos que andem no gardanhu e pra ladroagem do jet 9.... pareçeme que se deveria organizar uma ONG pra reclamar o direito ao pão dos malucos...
Post etimulugias, no Anarca constipado
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dxa ver...votou contra a expulsão do Barros Moura...oposçe à expulsão do Edgar Correia...desatinou com a velhacaria que fizeram ao João Amaral? ....hummm não me pareçe…
Post Mesquita, Luisa, no Anarca Constipado
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E uma terceira, da anarquia…
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segunda-feira, novembro 26, 2007

Karma


Outro dia estive à conversa, para aí umas duas horas, com uma amiga que estuda e pratica essas coisas espirituais kármicas, que interpreta as vidas passadas, para entender a pessoa hoje, na base da lei universal da causa efeito, crendo na reencarnação e afastada do espiritismo e da doutrina de Hippolyte Léon Denizard Rivail, vulgarmente conhecido como Allan Kardec.
Numa certa medida, o conceito de energia e os seus fluxos - correntes de energia? - que se concentram em pontos kármicos - quantuns energéticos? - pode encontrar esclarecimento também na bioquântica (o "defeito" relativizado é compreendido como um atributo funcional deformado pela negação de sua característica).
Daquilo que sobrou da conversa, entre muitas outras matérias que me deixaram circunspecto, foi a tentativa de interpretação abreviada da ideia de Karma. Será isto, por exemplo?

Para toda a acção existe uma reacção de força equivalente e sentido contrário.
Qualquer acto, por mais insignificante, voltará ao individuo com igual impacto.
Olho por olho, dente por dente.
Com a vara com que medes assim serás medido.
Com a espada mata, pela espada morre.

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Spin doctors

A isto se chama tecer ocorrências, elaboradas por spin doctors, de modo a que tenham efeito na opinião pública, resultem num determinado sentido. Spin doctor, em si, é alguém (ou uma agência de comunicação, ou uma figura pública ou fonte oficial) que trabalha em, ou usa, relações públicas (ou em lugares de grande acesso mediático) e cria factos ou encenações, comentando-os em conferências de imprensa, entrevistas e outras formas de comunicação com os jornalistas.
Rogério Santos, in Indústrias Culturais
“The photo below portrays what the government would like us to think about our role in Afghanistan.”

“A Canadian soldier shakes hands with an Afghan boy during a joint patrol with Afghan National Army troops near Panjwaii village, Kandahar province, on Friday.” (Finbarr O’Reilly/Reuters)

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"Criatura de Guterres" ?



Para além da expressão “uma criatura de Guterres“, de Mário Soares, não me ocorre um assunto interessante para redigir uma nota ou produzir uma brincadeira visual sobre a origem das criaturas, inspirado no 25 de Novembro.

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sexta-feira, novembro 23, 2007

Os pirolitos e os surdos

Igualzinho ao meu, de 2G, precisamente para não ouvir anormalidades a todo o momento, para esbater os decibéis dos guinchos da vizinha, para não distrair os miolos que tentam por si saber os motivos que nos levaram a esta sociedade a transbordar de surdos e de gente visivelmente desequilibrada dos pirolitos, que, na realidade, fazem dó.


(…) é agora um ser embrutecido, ensimesmado e triste que se refugia na sua pobre pessoa e que evita, até com o olhar, o Outro.
In Portugal dos Pequeninos
Depois de ler o post sobre a geração MP3 - que já vai em MP4 -, a que se está a marimbar para o próximo, abordada no Portugal dos Pequeninos, saltei para os comentários à nota. Aí, nessa janela pop-up, li esta coisa deliciosa:
Prefiro refugiar-me no meu iPod a ter de suportar as imbecis conversas entre balconistas e doutorzinhos da nossa sociedade, os estimulantes debates acerca do senhor "scólari" e da senhora "bábara" guimarães, as diarreias verbais acerca do senhor pinto da costa ou as comprinhas de natal. Não abdico dos meus adiolivros (tenho ouvido centenas a caminho do emprego) nem do meu Handel ou do meu Beethoven.
Para lixo já me basta a imagem desta realidade portuguesinha.
O que é que eu ganho em "partilhar" o espaço público com esta canhalha? O João por acaso tem ganho alguma coisa? :-)
Um tal Ricardo, in comentários a PP
arrow-link Portugal dos Pequeninos

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quinta-feira, novembro 22, 2007

Two CD’s ?

Outro dia, para aí há uns três meses, nos Estados Unidos, desapareceram de um servidor privado dados secretos sobre as operações militares no Iraque. Agora, no Reino Unido, foram informações pessoais de uns milhões de cidadãos, desde os dados da segurança social aos pormenores das contas bancárias. Por isso, como é de esperar, visto a confiança ser acrescida sobre o alojamento dos meus dados e a consequente noção da fragilidade e devassa - creio que é mais outro assunto em que se aplica bem o “habituem-se” - estou, dizia, prontinho para aderir ao cartão único de cidadão. Venha ele e o banco de ADN e do quadro clínico. Quem sabe, com o avanço cientifico das clonagens, vou ter um tipo igualzinho a mim daqui a uns anos. Vai ser engraçado.



arrow-link The Indpendent

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quarta-feira, novembro 21, 2007

Desgraçadamente ?

Os museus não abrem por falta de verbas, preciosidades desaparecem da Ajuda e da Torre do Tombo, Mafra não tem electricidade, Vila Viçosa só se visita antes de almoço, com luz natural, Queluz está ao abandono, Sagres é uma vergonha, o São Carlos uma tristeza, o D. Maria uma perplexidade, o Museu de Arte Antiga a saudade de uma perda recente e os outros não abrem, por falta de verbas.
Por Joaquim Letria, in 24 Horas, via blog Sorumbático
arrow-link Blog sorumbático

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O estado dos Estados



Se reflectirmos um pouco sobre o assunto, das vulnerabilidades e das seguranças dos bancos de dados nos tempos que correm - atente-se, aqui, por exemplo nos 65.000 documentos fotocopiados - decerto reconheceremos que Portugal é apenas a ponta do iceberg nesta coisa sistémica global aflitiva que atravessa o estado actual dos Estados. É que a enfermidade não se limita aos vinte cinco milhões de registos de dados pessoais que desapareceram, dizem, em dois CD's. O mal é mais desalmado e isto, convenhamos, está a saque.

arrow-link Sic online
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Hã…? No Comments



Acusados?
A ver, mais logo, na Sic Notícias. Inocentes até se que se prove o contrário…?
Acordem!
Quatro meses depois do arquivamento pelo Juiz de Instrução Criminal, o Tribunal da Relação decidiu o contrário e Fontão de Carvalho vai mesmo ser julgado.
Foi o ex-vereador e ex-vice-presidente da Câmara (no mandato PSD, de Carmona Rodrigues) que assinou o despacho que permitiu aos gestores da EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa -, atribuirem a si próprios, e receberem, prémios no montante total de 74.900 euros.
Juntamente com Fontão de Carvalho, vão ser julgados Eduarda Napoleão, ex-vereadora do Urbanismo da Câmara de Lisboa e outros três admnistradores da EPUL: Arnaldo João, Aníbal Cabeça e Luísa Amado.
Cada um incorre numa pena de três a oito anos de prisão e numa pena de multa. Um assunto a desenvolver ao longo do dia na SIC Notícias e no Jornal da Noite da SIC
Sic online
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Voando sobre as águas do pântano


“Ikarus, Flight from Eden” 2005 (The jump of frog symbolizes thirst of flying. As genetic magic dream, about that far time, when frogs were the Angels). arrow-links-grey Mi-Mi Project Moscow

Julgo que não estarei a errar ao dizer que o “paraíso” que provocou uma grande ilusão de impulso e permitiu o surgimento misterioso de umas quantas fortunas, algumas delas de burgessos, foi empolado depois da declaração de Cavaco Silva, então primeiro-ministro, num saudoso tempo de abastança, no qual o crescimento foi sentido na carteira das pessoas, claro, na conjuntura cavaquista, em que se instalou nas entranhas da esperteza saloia a atitude do “expediente“. Falava-se na altura, quase a boca solta, em “corrupção por todo o lado” e em “lavandaria “.
Agora - suponho que ontem - o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais vem corroborar o que se sabe vai para muitos, mas mesmo muitos anos, as coisas que se transmitem oralmente e em surdina - daí, quem sabe, a higiene oral… em item orçamental? As grandes empresas e as outras de média dimensão, que sobrevivem debaixo da sua protecção, não cumprem com correcção as obrigações fiscais e fazem lavagem de dinheiro.
(…) alguns empresários deviam ter vergonha da sua actuação, e corrigi-la, e outros deveriam ter mais cuidado quando se aconselham com determinadas pessoas.
Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, in Jornal Notícias online


E pronto… está dito. Não sei quantos anos depois da D. Branca, independente do “Porreiro, pá” ou o “Acordem!” de Sócrates, as afirmações de Amaral Tomaz, que numa primeira leitura parecem absurdas, tendo em conta os sustentáculos do sistema e os correspondentes fluxos de dinheiro, penso que são a marca de um tempo que vem para aí, um outro furacão que, esperemos, não nos envergonhe, enquanto portugueses, com um “mensalão” também aqui.

arrow-link Jornal de Notícias

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Lina Prokofiev


Lina Prokofiev. Doll

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